Quando vemos meditação na mídia, sempre parece que é necessário estar em completo silêncio e isolado para que a prática tenha qualidade. Porém, quando entendemos como se medita, percebemos que não importa qual tipo de ambiente estamos, é possível meditar nele.
Claro que quando há muitos sons à nossa volta, também há distrações e pode ser mais difícil ficar concentrado por muito tempo. No entanto, treinar observar sons na mente é muito vantajoso porque é possível perceber experiências muito interessantes de forma simples e que podem ser aplicadas a todos os outros objetos de meditação.
Por exemplo, é possível observar que, inicialmente, o som não está no espaço da sua consciência. De repente, sem qualquer controle da sua parte, ele aparece. Depois, se estiver concentrado, toda a sua mente é envolta pelo som. Novamente sem saber quando, ele some e a consciência volta a não ter nenhum som ou a ter outros sons.
Dá também para notar diversos símbolos que aparecem associados aos sons e, assim, desenvolver a percepção de julgamentos (por exemplo “gosto desse som”), memórias (“esse som me lembra…”), projeções para o futuro (“quando vai vir o próximo som?”), os atos de nomear (pensar na palavra “cachorro” ao ouvir um latido) ou imagens (visualizar na mente a causa do som).
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