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As mulheres e a disseminação da meditação

Só vê gurus espirituais HOMENS na internet?

Leia aqui sobre a importância das mulheres na disseminação da meditação e mindfulness!


Muitas mulheres foram essenciais para tornar o acesso aos ensinamentos do Buddha mais igualitário como:

Mahapajapati Gotami, Cheng-Yen, Jetsunma Tenzin Palmo e Dhammananda.


Mahapajapati Gotami

A primeira mulher no Budismo

2600AC (segundo os registros, viveu 120 anos)

A rainha de Lumbini e tia do Buddha, Mahapajapati Gotami, o criou como seu filho quando sua mãe faleceu logo após seu nascimento.

Aos 70 anos, pediu para se tornar discípula de seu filho, mas foi rejeitada 3 vezes, pois a ideia de uma mulher monge era absurda na época.

Mesmo assim não desistiu!


A história diz que ela liderou 500 outras mulheres que rasparam os cabelos, vestiram as roupas dos monges e peregrinaram por uma jornada difícil até onde o Buddha estava.

Após muita insistência e persuasão, o Buddha aceitou todas como suas discípulas, estabelecendo a primeira ordem feminina do Budismo: Bhikkhunī.


Mesmo que a ordem feminina estivesse sob ordens masculinas, Mahapajapati Gotami quebrou as primeiras barreiras de gênero!


Cheng-Yen

Líder da maior organização de caridade budista

1937 (85 anos atualmente)

Nascida em Taiwan, vivia uma vida pacata com sua família até que seu pai adoeceu e faleceu de repente.

Chocada, Cheng-Yen iniciou sua busca por respostas sobre o sentido da vida e da morte e, assim, encontrou o Budismo.


Aos 25 anos de idade, raspou os cabelos com a intenção de renunciar sua vida anterior e se tornar monja.

Porém, Cheng-Yen não sabia que, pelas regras do Budismo, ela só se tornaria monja se treinasse e fosse aceita como discípula por um mestre.

Alguns meses depois, encontrou o mestre Yin Shun que a aceitou como aluna.


Aos 29, fundou sua própria ONG humanitária, ativa até hoje.

A Fundação Tzu Chi é considerada a maior organização de caridade budista do mundo, focada em disseminar as práticas da meditação e levar alívio para vítimas de desastres.


Links:

https://www.tzuchi.org/

https://www.tzuchi.org.br/


Jetsunma Tenzin Palmo

A monja feminista

1943 (79 anos atualmente)


Nascida na Inglaterra, Jetsunma se formou bibliotecária e juntou dinheiro para realizar uma jornada espiritual pela Índia após assistir uma palestra do mestre Khamtrul Rinpoche em sua universidade.


Aos 21 anos, após estudar com o mestre, se tornou uma das primeiras pessoas ocidentais aceitas na ordem dos monges budistas tibetanos.


Já aos 33, buscou uma vida mais reclusa, vivendo de forma simples em uma caverna por 12 anos.

Aos 45, voltou para a Europa para passar os ensinamentos adiante.


Após a morte de seu mestre, Jetsunma decidiu aceitar o que ele sempre desejou para ela: que ela fundasse sua própria ordem de monjas.

Então, no ano 2000, o templo de sua ordem, chamado de Dongyu Gatsal Ling, foi oficialmente aberto.


Atualmente, ela é ativista pelos direitos das mulheres e tem cargos relevantes em diversas organizações budistas.


Links:

https://tenzinpalmo.com/

https://revistatrip.uol.com.br/tpm/a-monja-budista-jetsunma-tenzin-palmo-e-reconhecida-por-sua-luta-pelos-direitos-das-mulheres


Dhammananda

Primeira monja budista da Tailândia

1945 (77 anos atualmente)

Durante muito tempo, Dhammananda foi uma acadêmica.

Quando era jovem, sua mãe, que era budista, a inspirou a estudar o assunto na universidade.

Recebeu títulos de mestrado e doutorado e ensinou religião e filosofia na universidade de Thammasat por 30 anos.


Aos 50 anos, decidiu se tornar monja, no entanto, foi rejeitada pelos monges tailandeses.

Entre 2001 e 2003, viajou para o Sri Lanka, onde a aceitaram para completar os rituais oficiais.


Quando voltou para a Tailândia, foi recebida com preconceito dos monges locais.

A partir de então, iniciou seu trabalho de ativismo pelos direitos e empoderamento das mulheres e promovendo a educação.


Escreveu mais de 100 livros e já foi considerada uma das mulheres mais importantes do mundo pela BBC.

Seu trabalho teve muita importância, pois reacendeu a discussão sobre a desigualdade de gênero no Budismo e reviveu a ordem feminina de monjas na Ásia, chamada Theravada Bhikkhuni Sangha.


Links:


As mulheres também foram muito importantes para transmitir a prática da meditação e mindfulness para o ocidente!

Algumas das mais influentes nesse sentido são: Roshi Joan Halifax, Myokei Caine-Barrett, Pema Chödrön e Thubten Chodron.


Roshi Joan Halifax

1942 (80 anos atualmente)

Nascida nos Estados Unidos, estudou antropologia e psicologia médica na universidade, recebendo seu título de doutora especializada em comunidades tradicionais de Mali e do México.


Durante seus estudos, encontrou o Budismo Zen e estudou por muitos anos com o mestre Seung Sahn em seu templo em Rhode Island.


Em 1979, iniciou a Fundação Ojai, que trabalha ensinando meditação para pessoas em situação carcerária. E em 1990, fundou o centro zen Upaya especializado em práticas para idosos.

Também é muito conhecida por seu trabalho como ativista ambiental.


Links:

https://www.joanhalifax.org/

https://ojaifoundation.org/

https://www.youtube.com/watch?v=aWAK90FKhMM


Myokei Caine-Barrett

1951 (73 anos atualmente)

Nascida em Taiwan, pertencia a uma família de militares que se mudava muito.

Em 1963, enquanto morava no Texas, encontrou o Budismo por acidente, enquanto acompanhava uma amiga que ia a um templo.


Praticou por 37 anos na ONG budista Soka Gakkai, mas se desconectou deles depois de controvérsias em que discípulos estariam manipulando a política local.


Em 2007, foi aceita como monja da ordem Nichiren Shu e se tornou a mestre do templo Myoken-ji no Texas.

Atualmente ocupa a posição de bispa da ordem, inédita para uma mulher.


Links:

https://www.facebook.com/MyokeiShonin/


Pema Chödrön

1936 (86 anos atualmente)

Nascida nos Estados Unidos, Pema Chödrön cresceu na cultura católica.

Mesmo assim, em 1974, começou a estudar com o mestre Lama Chime Rinpoche enquanto morava na Europa.

Em 1981, ela foi aceita como monja da tradição budista Vajrayana, a primeira mulher da história.

Ela participou da organização internacional budista Shambhala, mas se desconectou dela em 2020, quando discípulos foram acusados de má conduta sexual.


Links:

https://pemachodronfoundation.org/

www.gampoabbey.org


Thubten Chodron

1950 (72 anos atualmente)

Nascida nos Estados Unidos, descobriu o budismo aos 25 anos após uma aula de meditação.

Depois disso, decidiu ir para o Nepal embarcar em uma jornada espiritual.

Após 9 anos estudando com o mestre Kyabje Ling Rinpoche, foi aceita como monja do budismo tibetano.

Nos próximos anos, praticou e ensinou ao lado de grandes figuras do budismo como Dalai Lama.

Além disso, fundou o templo Sravasti em Washington, com a intenção de disseminar as práticas no ocidente.


Links:

https://thubtenchodron.org/


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